"A objeção, o desvio, a descofiança alegre, a vontade de troçar são sinais de saúde: tudo o que é absoluto pertence à patologia"
Friedrich Nietzsche

domingo, novembro 14, 2010

Empiema



Definição:

Armazenamento de pus em alguma cavidade corporal, principalmente no espaço pleural (a cavidade entre o pulmão e a membrana que o circunda).

Causas, incidência e fatores de risco:


O empiema é causado por alguma infecção que se dissemina pelo pulmão e leva a um acúmulo de pus no espaço pleural. O líquido infectado pode atingir um volume de 470 cm³ ou mais, o que promove uma pressão nos pulmões, provocando dor e falta de ar. Dentre os fatores de risco estão doenças pulmonares recentes, como pneumonia bacteriana e abscesso pulmonar, cirurgia torácica, trauma ou lesão do peito ou toracocentese (introdução de uma agulha através da parede torácica com a finalidade de drenar o líquido no espaço pleural). O empiema se apresenta em 1 em cada 10.000 pessoas

quinta-feira, outubro 14, 2010

O câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres, devido à sua alta freqüência e sobretudo pelos seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal. Ele é relativamente raro antes dos 35 anos de idade, mas acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes. No Brasil, o câncer de mama é a maior causa de óbitos por câncer na população feminina, principalmente na faixa etária entre 40 e 69 anos.
Um dos fatores que dificultam o tratamento é o estágio avançado em que a doença é descoberta. A maioria dos casos de câncer de mama, no Brasil, é diagnosticada em estágios avançados (III e IV), diminuindo as chances de sobrevida das pacientes e comprometendo os resultados do tratamento.


PrevençãoNão existem evidências científicas conclusivas que justifiquem estratégias específicas de prevenção primária.


Sintomas
Os sintomas do câncer de mama palpável são o nódulo ou tumor no seio, acompanhado ou não de dor mamária. Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações ou um aspecto semelhante a casca de uma laranja. Podem também surgir nódulos palpáveis na axila.
 
 
Detecção Precoce

As formas mais eficazes para detecção precoce do câncer de mama são o exame clínico da mama e a mamografia.
 
 
 

terça-feira, outubro 05, 2010

úlcera de Buruli





 
 


A úlcera de Buruli, uma doença infecciosa causada pela Mycobacterium ulcerans (M. ulcerans),é a terceira micobacteriose em ocorrência, após a hanseníase e a tuberculose. Essa micobacteriose atípica tem sido relatada em mais de 30 países, principalmente, nos que têm climas tropicais e subtropicais, mas a sua epidemiologia permanece obscura. Recentemente, os primeiros casos autóctones do Brasil foram relatados, fazendo com que dermatologistas brasileiros estejam atentos a esse diagnóstico. O quadro clínico varia: nódulos, áreas de edema, placas, mas a manifestação mais típica é uma grande úlcera, que ocorre, em geral, nas pernas ou nos braços. Apesar do amplo conhecimento quanto ao seu quadro clínico em países endêmicos, nas outras áreas, esse diagnóstico pode passar despercebido. Assim, médicos devem ser orientados quanto à úlcera de Buruli, pois o diagnóstico precoce, o tratamento específico e a introdução de cuidados na prevenção de incapacidades são essenciais para uma boa evolução.

A partir de vários estudos, atualmente, está claro que há uma relação entre a UB e a água, mas o modo exato de transmissão da M. ulcerans não foi estabelecido. Supõe-se que exista um fator ambiental ainda não identificado relacionado com água de fluxo lento à qual são expostas as populações ribeirinhas. Há alguns relatos de possível transmissão por picadas de mosquitos ou insetos.22-26 Uma pesquisa sugere que, na África, alguns insetos aquáticos da ordem Hemiptera (Naucoridae e Belostomatidae) podem abrigar a M. ulcerans em suas glândulas salivares e transmitir a doença para animais (Figura 2). Um estudo provou que o mosquito Naucoris infectado transmite o patógeno a ratos através de picadas, além de ser, naturalmente, colonizado por M. ulcerans em aéreas endêmicas.23,24,25 Esses insetos podem voar muitos quilômetros de seu ponto de origem e isso pode explicar como pacientes que vivem a certa distância de uma fonte de água tornam-se infectados, embora não tão frequentemente quanto os que vivem mais próximos de rios e pântanos.





A fase inicial da UB começa, frequentemente, como um nódulo cutâneo indolor e móvel, menor que 5cm de diâmetro, que ulcera, geralmente, após algumas semanas, formando uma úlcera com bordas mal delimitadas que a tornam, aparentemente, menor do que o seu tamanho real (Figura 6A). Na população australiana,16 é mais comum os pacientes notarem uma pequena pústula ou pápula, atribuída, não raro, a uma picada de inseto, sem a fase chamada nodular. Essa pápula tem, em geral, menos de 1,0cm de diâmetro, com eritema na pele adjacente. Essa forma não foi relatada na África.14 A úlcera ocorre por perfuração da necrose sobrejacente pela epiderme. Não há dor, mas, quando presente, é relatada como muito discreta. As bordas são caracteristicamente mal delimitadas, solapadas, e há edema da pele contígua. A úlcera pode permanecer pequena, com diâmetro de 1,0cm a 2,0cm, e é mais suscetível à auto-resolução (Figura 6B). Porém, muitas vezes, as úlceras aumentam de diâmetro e destroem a pele ao redor da lesão, podendo atingir tecido ósseo ou progredir para a doença disseminada (Figura 6C). Suas bordas são hiperpigmentadas e o fundo é necrótico.






Lesões podem surgir em novos locais, distantes da lesão original, caracterizando uma forma metastática da doença. Essa evolução do quadro pode ser explicada pelo sistema linfático ou sanguíneo, principalmente, diante da forma disseminada.14
Estirpes de M. ulcerans isoladas de diferentes formas clínicas da doença em determinada região geográfica parecem idênticas, sugerindo que os fatores do hospedeiro podem desempenhar um papel importante na determinação das diversas apresentações clínicas.7,16 Devido às propriedades locais imunossupressoras da micolactona ou, talvez, como consequência de outros mecanismos desconhecidos, a doença evolui sem dor, febre ou resposta inflamatória sistêmica,15 o que pode explicar, em parte, por que, muitas vezes, as pessoas afetadas não procuram tratamento imediato. No entanto, sem tratamento, ocorre a formação de grandes úlceras. A base da úlcera inicial contém, geralmente, uma secreção esbranquiçada, semelhante ao algodão, e, por vezes, pode formar escaras. A pele ao redor da lesão torna-se cada vez mais pigmentada.7 As úlceras, quando amplas, chegam a envolver uma extremidade inteira ou grande parte do tronco (Figura 7B).
Uma das consequências de uma úlcera extensa é a progressão até tecido ósseo, aumentando o risco de osteomielite16,46 e, posteriormente, deformidades ou até mesmo amputações. O envolvimento de outros órgãos é muito raro.22 A osteomielite metastática também já foi relatada e pode ocorrer em aproximadamente 10% dos pacientes com UB, sendo diretamente proporcional ao número de lesões cutâneas.16
A involução das lesões pode resultar em sequelas atróficas ou cicatrizes simétricas, algumas vezes, hipotróficas ou queloidianas, com contraturas e comprometimento da função de membros quando localizadas perto de articulações ou sobre elas. As cicatrizes podem causar restrição de movimento dos membros, limitando a capacidade de realizar as atividades diárias e dificultando a participação nas atividades laborais (Figura 8).47,48 O aspecto estético da cicatriz também pode criar problemas sociais, causando o afastamento das atividades que fazem parte do dia a dia do indivíduo afetado. As incapacidades permanentes atingem cerca de um quarto dos pacientes.7 A doença pode atingir qualquer parte do corpo, mas, em cerca de 90% dos casos, as lesões ocorrem nos membros, sendo que, em quase 60% deles, nos membros inferiores.7,8

calcificação distrófica e metastática









A calcificação distrófica é mais freqüente que a metastática e ocorre de maneira mais localizada nos tecidos conjuntivos fibrosos hialinizados em lenta e prolongada degeneração, como na parede de vasos esclerosados (ex: placas ateromatosas antigas e esclerose medial de Monckeberg nas artérias uterinas de mulheres idosas - Fig. 5.2), em tendões, em válvulas cardíacas, e em alguns tumores (ex: leiomiomas uterinos, meningiomas, carcinomas mamários e papilares da tireóide e do ovário).  
A calcificação distrófica ocorre também nas áreas de necroses antigas e não reabsorvidas, como na linfadenite caseosa da tuberculose (Fig. 5.3), nos infartos antigos, ao redor de parasitas e larvas mortas, na necrose enzimática das gorduras da pancreatite, nos abscessos crônicos de difícil resolução e em trombos venosos crônicos (flebólitos). Em órgãos tubulares (ductos e vesículas), a calcificação pode envolver núcleos orgânicos de debris e células descamadas permitindo a formação de cálculos.



Enquanto a Calcificação distrófica ocorre mais localizadamente, a Calcificação metastática atinge principalmente o estroma dos rins e pulmões, o estômago, o coração, a parede das artérias e a córnea. Aparentemente o pH alcalino ao longo das membranas basais dos vasos desses órgãos favorecem a precipitação dos sais.
A área calcificada, quando macroscopicamente visível, mostra nódulos parenquimatosos freqüentemente palpáveis, de consistência firme, pétrea ou arenosa, resistentes ao corte, com coloração brancacenta ou acinzentada. À tentativa de secção, a faca "range" ao corte. São radio-opacos ao raio X.
À microscopia óptica verifica-se acidofilia inicial, com aparecimento de grumos basófilos irregulares (muitas vezes confundidos com bactérias) que confluem ou crescem formando grânulos maiores, às vezes fragmentados devido à microtomia. Pode ocorrer também a formação de lamelas de deposição concêntricas caracterizando os chamados "corpos psamomatosos". A coloração é azul escuro ou roxo, nas colorações de HE, vermelho-escarlate à alizarina Vermelha S de Langeron (mais específica para cálcio) e negro à coloração de Van Kossa (impregnação com nitrato de prata, que detecta fosfatos, inclusive o de cálcio).
À microscopia eletrônica o cálcio é melhor evidenciado utilizando-se o piroantimonato de potássio, que produz precipitados eletrodensos com o cálcio, tornando-o facilmente evidenciável ao nível ultraestrutural. Sem dúvida, tais precipitados inicialmente são vistos predominantemente nas mitocôndrias e nas vesículas da matriz das membranas.

sexta-feira, outubro 01, 2010

Celulite






A Celulite recebe vários nomes científicos como: Lipodistrofia Ginóide, Lipodistrofia Edemato, Fibroesclerótica, Lipoesclerose ou Paniculopatia. Lipodistrofia significa gordura com crescimento anormal, Ginóide é referência ao sexo feminino, Paniculopatia é doença do tecido gorduroso embaixo da pele, Edemato-fibroesclerótica significa inchaço, retração e endurecimento e aparece no tecido conjuntivo dérmico normalmente após a puberdade.
O tecido gorduroso fica embaixo da epiderme e sobre os músculos. A reserva de gordura do organismo se dá quando se come demasiadamente e erroneamente, fazendo com que as células aumentem seu tamanho e quantidade.
Como reação de defesa própria, o organismo procura guardar o alimento dentro do corpo, pois caso falte comida, a pessoa que tem este acúmulo, suportará por mais tempo sem alimento.
Como sabemos, a composição da epiderme, derme e hipoderme é bastante complexa, uma vez que observamos a presença em sua estrutura de elementos como: células, fibras, substância fundamental, vasos sanguíneos e linfáticos e nervos.
O acúmulo de gordura está presente na região da hipoderme, que é um tecido especial com funções de sintetizar, renovar, estocar e distribuir substâncias e nutrientes dependendo das estruturas ou órgãos onde este tecido se coloca. Envolvendo ou sustentando estruturas ou participando do metabolismo orgânico, o tecido adiposo pode sofrer alterações devido à instalação da celulite.
No processo de aumento de volume gorduroso, ocorrem alterações da microcirculação, assim como uma modificação da rede fibrosa (espessamento de fibras e polimerização molecular), aparecendo a chamada Celulite. Podemos citar entre os principais sinais de celulite a presença de irregularidades na região acometida onde observa-se a dilatação dos folículos pilossebáceos caracterizando o aspecto "casca de laranja".
Camada de gorduras normais e com celulite:










Tratamentos

Mesoterapia
Eletroforese
Drenagem linfática
Estimulação muscular
Ionização

sexta-feira, setembro 24, 2010

Bons motivos para gargalhar

Uma risada gostosa protege o coração, melhora o sistema imunológico e manda o estresse para bem longe...

Cada vez que você ri...
... sente-se relaxado por, no mínimo, 45 minutos, já que o corpo reage à gargalhada liberando endorfina, uma substância que promove o bem-estar.
...manda sua dor temporariamente embora, opis a produção de serotonina é acelerada. Ela funciona como uma espécie de analgésico natural. sem prescrições ou efeitos colaterais!
...seu coração fica mais forte. Estudos recentes da Universidade de Maryland, em Baltimore (EUA), indicam que rir com frequência pode diminuir em até 40% as chances de um problema cardíaco.
...os pulmões ficam mais limpos, já que a risada exige melhor ventilação pulmonar, eliminando assim o excesso de dióxido de carbono e vapores residuais do órgão, deixando-o muito mais saudável.
...o sistema imunológico se fortalece. De acordo com cientistas da universidade de Loma Linda, na califórnia (EUA), a gargalhada faz aumentar a produção e a atividade no corpo das chamadas células NK (Natural Killer ou assassinas por natureza). Apesar do nome, elas só fazem bem ao organismo, já que destroem vírus e até tumores.
...sua digestão melhora, pois o movimento muscular da risada acelera o sistema gastrointestinal, o que contribui para a beleza da pele e dos cabelos.

domingo, agosto 29, 2010

Gagueira pode ser uma patologia multifatorial com limiar diferenciado para sexo

resultados de pesquisas recentes incistem em mostrar que o sexo masculino são mais suscetível à gagueira quando comparado ao sexo feminino. A razão entre os gêneros tem variado de 2:1 em populações mais jovens e até 5:1 em populações de adultos, induzindo que as mulheres recuperam a fluência mais rápido que os homens.